Por: Pierre Moncassin
Há algumas semanas, tive o privilégio de participar da primeira sessão de uma série de mesas redondas com clientes de operações em nuvens em Frankfurt, na Alemanha. O workshop foi brilhantemente ministrado pelo meu colega Kevin Lees, principal consultor da VMware e autor de “Organizing for the Cloud” (Como se organizar para adotar a computação em nuvem), além de inúmeras postagens no blog VMware CloudOps.
A participação dos clientes na mesa redonda excedeu nossas expectativas… e foi extremamente reveladora. Logo ficou evidente que os desafios relacionados ao processo e à organização ficaram no topo da lista de prioridades de todos os participantes. Eles já sabiam que, além de ferramentas de ponta, uma implantação bem-sucedida de computação em nuvem requer uma transformação das operações.
Mesmo assim, foi impressionante a rapidez com que a conversa passou da estratégia técnica para a questão da cultura organizacional e, ainda mais importante, para a necessidade de uma mudança de mentalidade.
Lembro-me especialmente da equipe de um cliente que comentou sobre o desafio de operar sua infraestrutura virtual distribuída globalmente.Eles estavam bastante cientes de que, para aproveitar todo o potencial da tecnologia da VMware, é necessária uma mudança de mentalidade, e salientaram como essa tarefa estava sendo difícil.
Para eles, mudança de mentalidade significava ver além dos modelos tradicionais, como o banco de dados de gerenciamento de configuração (CMDB, configuration management database) monolítico – uma ideia profundamente enraizada na TI física. Além disso, significava lidar com as diferenças culturais inerentes a equipes distribuídas em vários locais ao redor do mundo e, mais do que nunca, a necessidade de alinhar equipes com diferentes objetivos funcionais a metas comuns e conquistar seu comprometimento entre fronteiras.
Obviamente, a mudança da mentalidade organizacional é um tópico amplo, e muitos livros já abordaram esse tema (e certamente ainda há muito a ser explorado a respeito). Porém, neste artigo, pretendo analisar uma questão específica: como as operações em nuvem podem ajudar os líderes de TI, como nosso cliente mencionado anteriormente, em sua jornada rumo à mudança de mentalidade?
Para eles, vejo três áreas principais em que as operações em nuvem podem trazer benefícios imediatos:
1) Criar oportunidades de pensar fora do paradigma “clássico” de gerenciamento de serviços de TI
Parte da jornada para as operações em nuvem é ver além dos modelos de referência tradicionais. Para algumas das equipes de clientes, o CMDB continua sendo uma ideia dominante por estar tão enraizado no universo tradicional de gerenciamento de serviços de TI (ITSM, IT service management). No universo da infraestrutura em nuvem, o elo entre itens de configuração e locais físicos se torna muito menos rígido.
É mais importante criar um modelo de referência em torno da definição de serviço e tudo que é necessário para fornecer esse serviço. Porém, adotar uma visão centrada no serviço certamente exige mudanças, algo que, às vezes é difícil aceitar.
E como encorajar as equipes a “atravessar o abismo”? Uma etapa simples seria incentivar as pessoas a familiarizar-se cada vez mais com a estrutura de operações em nuvem da VMware (por exemplo, lendo “Organizing for the Cloud“, em tradução livre “Como se organizar para adotar a computação em nuvem”).
Em seguida, elas poderiam examinar um exemplo concreto conferindo um guia passo a passo de algumas ferramentas básicas. Por exemplo, uma demonstração do VMware vCenter Operations Manager pode mostrar como uma infraestrutura em nuvem pode ser gerenciada de maneira dinâmica. Ela mostraria como os painéis automaticamente agregam vários alertas e atualizações de status. Os membros da equipe veriam como as técnicas de análise integradas podem automaticamente identificar padrões anormais (sinalizando possíveis falhas) em componentes virtuais, independentemente de seu local físico. Uma demonstração de como o vCloud Automation Center utiliza esquemas para automatizar o aprovisionamento de pilhas inteiras de aplicativos revelaria como novas ferramentas que aplicam tecnologias de abstração podem ajudar a flexibilizar procedimentos estruturados em processos desenvolvidos para ambientes mais físicos.
Isso tudo traria familiaridade e, provavelmente, entusiasmo com as possibilidades inerentes aos sistemas que têm como base a computação em nuvem.
2) Eliminação da fragmentação no modelo organizacional
Um princípio-chave da abordagem de operações em nuvem da VMware é eliminar a fragmentação através do estabelecimento de uma “central de excelência” dedicada ao gerenciamento das operações em nuvem. Você pode saber mais sobre como fazer isso nesta postagem escrita por Kevin Lees.
Entretanto, o ponto principal é que, em vez de separar os processos por domínio tecnológico (por exemplo, Windows/Unix etc.) ou por localização geográfica, as operações em nuvem enfatizam a consistência de finalidade e o foco no serviço fornecido, uma abordagem praticamente impossível em uma estrutura organizacional fragmentada.
Ao simplesmente criar um “Centro de excelência para operações de infraestrutura em nuvem”, você cria uma ferramenta que lhe permite alcançar a unificação de que precisa.
3) Aumentar a motivação da equipe
Por fim, embora uma infraestrutura em nuvem bem administrada por si só já agregue um valor enorme aos resultados de qualquer empresa, não se esqueça da influência exercida pelos membros da equipe que terão que lidar com a mudança em sua prática de trabalho.
Leve em consideração principalmente sua provável resposta para a pergunta: “O que eu ganho com isso?”
Os fatores que podem motivar positivamente os membros da equipe incluem:
- Adquirir novos conhecimentos em práticas e tecnologias de ponta (inclusive a possibilidade de obter certificações da VMware)
- Contribuir para uma transformação do mercado de TI
- Fazer parte de uma equipe bem definida e respeitada (por exemplo, centro de excelência)
Portanto, lembre-se de enfatizar essas vantagens sempre que possível.
Em resumo, estas são as três maneiras de aproveitar as operações em nuvem para impulsionar a mudança de mentalidade:
- Entender que a transição para a computação em nuvem é uma jornada. Cada um tem seu próprio ritmo. Familiarizar-se gradualmente com novas ferramentas e conceitos. Conferir mais postagens e recursos do nosso blog CloudOps!
- Construir uma ponte entre as diferenças culturais com o modelo de “centro de excelência” recomendado pelo blog VMware CloudOps.
- Explicar os benefícios que cada profissional pode obter com a transição para a nuvem, por exemplo, fazer parte de uma nova equipe, adquirir novos conhecimentos e ajudar a mudar a história!
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