Em uma era onde a busca por inovação e evolução é constante, algumas tarefas comuns da operação de TI ganham cada vez mais relevância. Seja para tornar o ambiente mais robusto e seguro, respondendo rápido a ameaças à segurança da informação ou para incorporar funções que vão tornar mais fácil alcançar os objetivos de negócio da empresa, manter o ambiente atualizado é certamente uma das recomendações mais enfatizadas por fabricantes de software.
O processo de ciclo de vida de produto contribui para manter o software saudável e alinhado com as demandas tecnológicas do mercado. Uma etapa importante do ciclo de vida é o “End of General Support”, que é quando o produto deixa de ser suportado gerando potenciais desafios com o atendimento. Idealmente o software deve ser atualizado antes de chegar essa data, para que se garanta o suporte de mais alto nível de acordo com politicas contratuais. A lista completa com os produtos VMware e as respectivas datas do ciclo de vida é constantemente atualizada e pode ser encontradas nesse link.
O final do suporte para o vSphere 5.5 ocorrerá no próximo dia 19 de setembro, e se o processo de atualização ainda não começou em seu ambiente é melhor acelerar.
O primeiro passo a ser dado é escolher a versão desejada. Para isso algumas reflexões podem auxiliar, como:
- Qual o objetivo principal da atualização?
- Existe alguma funcionalidade na versão desejada que vai ajudar na estratégia de TI da empresa?
Essas podem parecer perguntas óbvias, mas existe bastante ganho em fazer essa análise. Por exemplo, caso a estratégia da empresa seja buscar agilidade ou elasticidade com a utilização de nuvens híbridas, o vSphere 6.7 possui diversas funcionalidades que apoiam essa estratégia. O EVC por máquina virtual facilita migrações entre clusters ou datacenters. O linked mode com VMware Cloud On AWS também pode ser uma funcionalidade explorada para gerenciamento de workloads rodando em plataformas diferentes. Essas funcionalidades podem pesar na escolha do vSphere 6.7 para o upgrade.
É vital para a atualização do vCenter verificar também os componentes que se integram com ele, bem como sua compatibilidade com a versão almejada. Hoje o vCenter contribui com grande extensibilidade para simplificar e tornar mais ágeis diversas tarefas dentro de um datacenter. Portanto, é necessário levantar todos os produtos que se conectam ao vCenter por meio de sua API ou o consomem de alguma outra forma. Existem diversas soluções que podem se integrar ao vCenter, como ferramentas de governança de TI e gerenciamento de tickets, backup, VDI, scripts e softwares para nuvem. Investir algum tempo fazendo esse levantamento ajuda a evitar muitos problemas futuros com integrações.
Após mapear os softwares relacionados ao vCenter envolvido na atualização, é recomendado que se validade a compatibilidade entre a versão atual do software ou solução externa com o vCenter na versão para a qual se deseja atualizar. Caso seja uma solução da VMware, existe uma matriz de interoperabilidade entre os produtos que ajuda a visualizar se alguma atualização desses produtos ou soluções externas ao vCenter será necessária. Os Release Notes dos produtos VMware em análise também costumam conter informações de interoperabilidade. Por outro lado, se for uma solução de algum parceiro VMware, ou outro fabricante, a recomendação é entrar em contato com ele para validar se existe compatibilidade entre as versões.
Outra verificação que também deve feita é a validação da compatibilidade do ESXi com os modelos de hardware existentes no ambiente (veja o Hardware Compatibility Guide), pesquisar sobre upgrade path para a versão desejada, que vai ajudar a medir a complexidade e duração da atualização (veja Upgrade Path), e a fazer, se necessário, novas considerações sobre a arquitetura.
Um primeiro alerta vai para os que utilizam a versão Windows do vCenter. A VMware já sinalizou que a última versão suportada em ambiente Windows é o vCenter 6.7. As próximas incluirão somente o VCSA – vCenter Server Appliance. Nos instaladores mais recentes a VMware já incluiu uma ferramenta que faz a migração do vCenter Server Windows para um VCSA, mantendo as mesmas configurações de rede (IP, hostname e etc.). Essa alteração pode até reduzir o footprint em alguns casos, uma vez que o banco de dados vPostgres embarcado passou por diversas melhorias e hoje suporta as mesmas configurações máximas de objetos que são suportados pela versão para Windows e SQL Server.
Deve-se considerar também novas funcionalidades que foram introduzidas nas versões mais recentes do vCenter. O VCHA – vCenter High Availability – é a principal delas. Ela é uma funcionalidade nativa do vCenter que possibilita alcançar níveis mais altos de disponibilidade sem muito investimento. Apenas mais duas máquinas virtuais seriam necessárias: Um nó passivo e um witness. Existe grande aplicabilidade dessa funcionalidade para ambiente grandes com alta dependência operacional nos serviços do vCenter Server. Para mais informações sobre o VCHA, existe uma excelente série de posts que começa aqui. Outra mudança de arquitetura adicionada recentemente, mais especificamente no vSphere 6.5 U2 e vSphere 6.7, é o uso de Platform Services Controllers embarcados em Linked Mode.
Para finalizar com sucesso a atualização do vSphere e aproveitar de todas as suas novas funcionalidades, incluindo os novos limites de configurações e objetos, existem alguns passos que envolvem a atualização do Virtual Distributed Switch, VMware Tools, hardware virtual e VMFS.
A VMware participa ativamente de atualizações de diferentes maneiras. O time de suporte pode ajudar em casos de indisponibilidade ou ser acionado proativamente para aqueles que possuem contratos BCS e MCS. Além disso, pode-se contar com o time de serviços profissionais para participar de todo o ciclo, desde o planejamento à execução.
Vamos comerçar ?
Há cerca de 4 anos na VMware, Kauy Souza é um Consultor da área de Serviços Profissionais contribuindo ativamente na jornada de Transformação Digital em algumas das maiores operações de TI do Brasil, com o objetivo de entregar valor ao negócio por meio da tecnologia.
Possuindo as certificações VMware VCIX6-DCV e VCP6-NV, é também formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, atuando nas áreas de computação em nuvem e virtualização de redes buscando aumentar a eficiência e agilidade por meio de automação.